Fazer o rodízio de pneus é essencial para garantir o equilíbrio entre as rodas. Isso porque a superfície externa deles se desgasta conforme o passar do tempo, devido ao atrito constante com a via.
Se esse desgaste ocorresse de modo uniforme em todas as rodas do automóvel, não seria necessário efetuar o rodízio. No entanto, os pneus dianteiros sofrem mais, se comparados aos traseiros, pois os sistemas de direção e de tração se localizam na parte da frente do carro.
Desse modo, se apenas os pneus dianteiros forem substituídos por novos, isso acarretará no desequilíbrio do veículo. Assim, comprometerá a performance dele em termos de dirigibilidade e frenagem e, consequentemente, colocará sob risco a segurança do motorista, dos passageiros e demais pessoas próximas ao automóvel.
Se você se interessou pelo assunto e deseja saber mais sobre o rodízio de pneus, continue a leitura!
O que é rodízio de pneus?
O rodízio de pneus se trata de uma técnica que visa a prolongar a vida útil das rodas e garantir que a superfície delas se desgaste de modo uniforme, a fim de evitar o desequilíbrio do carro. Para colocar em prática o rodízio, basta trocar os pneus de posição periodicamente, incluindo o estepe, caso você o tenha.
Quando realizar o rodízio de pneus?
Para saber qual o momento certo de fazer o rodízio de pneus, consulte o manual do fabricante. Geralmente, recomenda-se que o revezamento seja feito a cada 5 mil ou 10 mil quilômetros.
Cabe mencionar que a quilometragem indicada se trata de uma estimativa, e determinados fatores podem resultar em desgaste prematuro, como o tipo de condução do motorista e as condições das vias por onde se trafega. Dessa forma, é fundamental realizar a manutenção preventiva, a fim de que o técnico avalie se há desgaste prematuro ou não.
Como efetuar o rodízio de pneus?
Para fazer o rodízio de pneus corretamente, é preciso identificar se eles são normais, assimétricos, unidirecionais e se dispõem de tração dianteira ou traseira, tendo em vista que esses fatores interferem no revezamento. Veja, a seguir.
Rodízio com cinco pneus
Pneu normal ou assimétrico
Tração traseira:
- um dos pneus dianteiros substitui o pneu traseiro em sua diagonal;
- o pneu substituído passa a ocupar o local do estepe;
- o estepe troca de posição com o pneu dianteiro restante;
- o pneu dianteiro que sobrou substitui o pneu traseiro em sua diagonal;
- por fim, o pneu traseiro substituído passa a ocupar a posição dianteira a sua frente.
Tração dianteira:
- um dos pneus traseiros substitui o pneu dianteiro em sua diagonal;
- o pneu substituído passa a ocupar a posição do pneu traseiro remanescente;
- o pneu restante fica reservado como estepe;
- por último, o estepe assume a posição do pneu dianteiro que sobrou.
Pneu unidirecional (todos os veículos)
- um dos pneus dianteiros substitui o pneu traseiro logo atrás dele;
- o pneu substituído fica reservado como estepe;
- o estepe assume a posição dianteira que está vazia;
- o outro pneu dianteiro troca de lugar com o pneu de trás.
Rodízio com quatro pneus
Caso o seu veículo não contenha estepe, siga as seguintes orientações!
Pneu normal ou assimétrico
Tração traseira:
- substitua o pneu traseiro à esquerda pelo pneu dianteiro à direita;
- troque o pneu traseiro à direita pelo pneu dianteiro à esquerda;
- passe os dois pneus que sobraram para frente, sendo que cada um deve assumir a posição do pneu que estava a sua frente.
Tração dianteira:
- substitua o pneu dianteiro à esquerda pelo pneu traseiro à direita;
- troque o pneu dianteiro à direita pelo pneu traseiro à esquerda;
- passe os dois pneus que sobraram para trás, sendo que cada um deve assumir a posição do pneu que estava logo atrás de si.
Pneu unidirecional (todos os veículos)
- basta trocar o pneu dianteiro à esquerda pelo pneu traseiro à esquerda, e o pneu dianteiro à direita pelo pneu traseiro à direita.
O que fazer após concluir o rodízio de pneus?
Após finalizar o rodízio, é preciso alinhar, balancear e verificar a calibragem dos pneus, uma vez que esses fatores se desregulam após o revezamento. Isso pode comprometer o resultado esperado após efetuar o rodízio, fazendo com que os pneus fiquem desgastados de modo irregular rapidamente.
Quando o rodízio não é indicado?
Apesar de o rodízio oferecer muitos benefícios em termos de segurança e performance do automóvel, há marcas que não o recomendam no manual do fabricante. Isso porque determinados modelos têm características que inviabilizam a realização da prática. É o caso dos carros esportivos, que possuem rodas traseiras com medidas diferentes das rodas dianteiras.
Assim sendo, antes de efetuar o rodízio de pneus, consulte o manual do fabricante e verifique se a aplicação da técnica é vantajosa para o modelo do seu veículo. Caso não seja, dê atenção ao cronograma de manutenção preventiva, a fim de que um técnico avalie a condição dos pneus, efetue os reparos necessários ou substitua-os, se preciso.
No momento da troca de pneus, lembre-se de que todos devem ser substituídos para garantir a durabilidade das peças e a segurança e a performance do veículo. Vale destacar, ainda, que independentemente de realizar o rodízio, é importante efetuar a manutenção preventiva.
Como você pôde perceber, o rodízio de pneus é uma prática muito importante para manter a performance e a segurança do carro. No entanto nem todos os veículos estão habilitados para receber essa técnica, como os automóveis esportivos.
Por isso, é importante guardar muito bem o manual do fabricante para consultar esse tipo de informação. Além disso, identificar quando e qual tipo de rodízio deve ser feito no seu carro, haja vista que há mais de um modo de efetuar a técnica.
Mesmo que seja recomendado fazer o rodízio a partir de 5 mil ou 10 mil km, saiba que esse limite se trata de uma estimativa, e pode ser alterado conforme o tipo de condução do motorista e condições da estrada.
Ademais, não basta colocar em prática o rodízio de pneus. Para garantir a efetividade do procedimento, é preciso realizar o balanceamento, o alinhamento e a verificação da calibragem, logo após.
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