Você certamente tem acompanhado as mudanças nas placas veiculares e, por isso, deve ter ouvido falar sobre as placas do Mercosul. Mas você sabe exatamente o que são e qual o propósito delas? Por que elas estão sendo implementadas em diversos países da região? Neste texto, vamos tirar essas e muitas dúvidas sobre essas placas tão comentadas.
Hoje já podemos encontrar vários veículos trafegando nas ruas com a placa Mercosul. No ano de 2018, ela começou em um teste, na cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, já está circulando em todo o território nacional.
Está curioso para saber o que está por trás das novas placas do Mercosul e como elas impactam o dia a dia no trânsito? Continue a leitura e descubra todas as informações essenciais. Não perca a oportunidade de se manter informado e entender por que as Placas do Mercosul são uma mudança importante no cenário automobilístico. Vamos lá?
O que são placas do Mercosul?
As placas do Mercosul são um sistema unificado de identificação veicular adotado por vários países da América do Sul. Essa iniciativa acabou surgindo com o objetivo de facilitar a integração e a identificação de veículos entre os países que são membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul), que são Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Aqui no Brasil, embora a adoção tenha começado lá em 2018, foi somente em 2020 que ela passou a ser obrigatória para todos. Essas novas placas contam com um design padronizado, com características específicas que acabam fazendo com que sejam diferentes das placas utilizadas anteriormente.
Por exemplo, uma das principais mudanças é a inclusão do emblema do Mercosul no lado direito da placa, seguido por uma sequência alfanumérica única para cada veículo. Além disso, as placas do Mercosul são fabricadas com materiais que duram mais tempo e têm elementos de segurança, como a marca d’água e o código QR, que facilitam a fiscalização e combatem fraudes.
Quem é obrigado a trocar a placa cinza pela Mercosul?
A substituição da placa cinza pela placa do Mercosul é obrigatória para alguns casos específicos, definidos pelos órgãos de trânsito de cada país. No Brasil, por exemplo, a troca é exigida nos seguintes casos:
- veículos zero-quilômetro: todos os automóveis, motocicletas, reboques e semirreboques novos que forem registrados pela primeira vez devem receber a placa do Mercosul;
- transferência de município ou estado: quando um veículo muda de município ou estado, seja por venda, transferência de propriedade, seja por mudança de endereço do proprietário, é preciso fazer a troca da placa;
- substituição de placas danificadas ou furtadas: caso a placa anterior tenha sido danificada, furtada ou perdida, o dono do veículo terá que substituí-la pela placa do Mercosul;
- mudança de categoria do veículo: se o automóvel passar por uma mudança de categoria, como de particular para comercial, é preciso fazer a troca.
É importante destacar que a obrigatoriedade da troca varia de acordo com a legislação de cada país do Mercosul. Portanto, o ideal é sempre consultar as normas vigentes do país ou entrar em contato com o órgão de trânsito competente para saber quais situações exigem a nova placa.
Qual é o prazo para fazer essa mudança?
Aqui no Brasil, não existe um prazo definido para que todos os veículos façam a troca da placa cinza pela placa do Mercosul. Dessa forma, a mudança vai acontecer de forma gradativa, assim que os veículos começarem a passar por situações em que a mudança for obrigatória.
Então, se um veículo estiver com a placa cinza em bom estado e não se enquadrar nas situações em que a substituição é exigida, ele vai poder continuar utilizando a placa atual até o fim da vida útil do automóvel, sem precisar trocar a placa.
Essa abordagem gradual tem o objetivo de evitar um impacto financeiro muito alto para os donos de veículos, permitindo que a substituição aconteça de forma natural ao longo do tempo.
A placa cinza deixará de existir?
A placa cinza tradicional vai permanecer válida e em uso durante toda a vida útil dos veículos, desde que eles não sejam transferidos para outras pessoas, por exemplo.
Como mostramos, a substituição da placa cinza pela placa do Mercosul vai acontecer apenas em situações específicas, como transferência de propriedade, mudança de município ou estado, danos à placa atual, roubo, perda ou mudança de categoria do veículo.
Logo, os veículos que estão com a placa cinza em bom estado e não se enquadram nessas situações não precisarão realizar a substituição.
Como emplacar o carro com a placa Mercosul?
Para emplacar um veículo atualmente, é necessário seguir o novo processo estabelecido. Os custos podem variar em cada estado, portanto, é importante consultar o site do Detran do seu estado para obter informações sobre os valores.
Além da placa, o processo de emplacamento também passou por mudanças. Quem emite o CRV (Certificado de Registro do Veículo) é o Detran, e ele informa ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) que a placa do Mercosul pode ser feita.
O dono do automóvel recebe a autorização para inserir a placa e pode escolher um fornecedor credenciado. Normalmente, no site do Detran, é possível encontrar a lista de fornecedores. Depois, na emplacadora escolhida, o AE (código de autorização de estampagem) será conferido e vinculado ao QR Code. Após isso, a placa vai poder ser instalada.
Ao ser emplacado com o novo modelo, o dono do veículo não terá que mudar a placa novamente quando tiver que transferir o automóvel de propriedade ou de cidade, uma vez que o novo padrão não apresenta identificação de cidade e de Estado.
Como ficará a sequência em carros já emplacados?
Bom, a nova placa adota um formato alfanumérico composto por 3 letras consecutivas, seguidas por 1 número, 1 letra e, por fim, mais 2 números.
Ao realizar a troca da placa cinza pela placa do Mercosul, o segundo dígito numérico da sequência da placa anterior vai ser substituído por uma letra, seguindo o novo padrão estabelecido. Cada número na placa antiga vai ter uma correspondência com uma letra específica no novo formato. Veja como fica:
- número 0 corresponderá à letra A;
- número 1 corresponderá à letra B;
- número 2 corresponderá à letra C;
- número 3 corresponderá à letra D;
- número 4 corresponderá à letra E;
- número 5 corresponderá à letra F;
- número 6 corresponderá à letra G;
- número 7 corresponderá à letra H;
- número 8 corresponderá à letra I;
- número 9 corresponderá à letra J.
Para o caso de compra de um carro novo, o comprador vai ter a oportunidade de selecionar a sequência alfanumérica da placa Mercosul. Então, vai ser disponibilizada uma lista com todas as combinações disponíveis, permitindo a escolha da sequência desejada.
Bom, além de ser um requisito legal em determinadas situações, a adoção da placa do Mercosul traz vantagens significativas. A facilitação do processo de fiscalização é uma delas. As placas do Mercosul têm um QR Code integrado, que contém informações detalhadas do veículo, como modelo, chassi e dados do proprietário. Essa tecnologia agiliza o trabalho das autoridades de trânsito, permitindo uma identificação mais rápida e eficiente dos veículos em circulação.
Sem contar que as placas do Mercosul apresentam uma maior quantidade de combinações alfanuméricas, o que possibilita a identificação de um número maior de veículos, contribuindo para a segurança e controle do tráfego.
Diante desses benefícios, o indicado é que os proprietários de veículos estejam cientes das novas regras e considerem a troca para as placas do Mercosul quando necessário. Ficar em conformidade com as regulamentações vigentes é essencial para garantir uma condução responsável e contribuir para a segurança no trânsito.
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