O cinema é, sem dúvida, uma das maiores potencias de nossa indústria cultural atraindo milhões de pessoas no mundo. Desde sua invenção, a projeção de imagens na tela grande produziu um fascínio e uma paixão difíceis de serem quebrados.
Anualmente uma série de filmes são produzidos e lançados, sendo que em muitos deles os carros cumprem importante papel. Sejam como protagonistas, ou se destacando em algumas cenas, a indústria automotiva e cinema possuem rica história.
Quem nunca segurou o fôlego ao presenciar uma cena de perseguição?
Melhor ainda se o modelo e marca do carro forem aqueles que admiramos e habitam nossos desejos de consumo. Entre a infinidade de cenas desse tipo, um curta-metragem francês ocupa lugar de destaque entre os amantes de carro.
“C’était un Rendez-vouz”: o cult que virou clássico
Em 1978 surgia um filme que desde seu lançamento foi recheado de polemicas e uma série de misturas. Nele, uma câmera era instalada no capo de uma Ferrari 275GTB e percorria as ruas de Paris a 300 km/h.
Como era de se esperar, a essa velocidade, faróis, pedestres, pombos e nem as mãos das vias são respeitados. A filmagem mostrava ângulos únicos da chamada cidade luz, em um plano sem cortes de duração aproximada de 10 minutos. Era, também, envolta de mistérios.
Nem o carro, nem o motorista são mostrados em momento algum do filme. Se a época do lançamento o curta-metragem ganhou destaque, sua repercussão foi ainda maior em tempos de internet. Páginas especializadas em automóveis passaram a divulgar o vídeo que logo virou alvo de discussão e mitos.
Alguns afirmavam que o diretor haveria sido preso logo após o lançamento do filme devido seu caráter polêmico. Muitos confirmavam que sem sombra de dúvidas se tratava de um Ferrari 275GTB, embora não fosse possível visualizar o carro.
Havia também uma série de especulações sobre quem teria sido o piloto responsável pelas arriscadas manobras.
Com o tempo, muita investigação e declarações do diretor Claude Loche, os mistérios do admirado filme foram sendo desvelados.
Desvendando os mitos de “C’était un Rendez-vouz”
O audiovisual, quando bem trabalhado, possui o poder de modificar a realidade como nenhuma outra ferramenta. Logo, nem sempre o que parece ser uma Ferrari acelerando a 300 Km/h, necessariamente o é. Com a aparição de um making of do filme de Claude Loche, algumas respostas surgiram aos admiradores do filme.
O primeiro mito que caiu foi em relação à data de realização: o curta foi rodado em 1976 e não em 1978 como afirmavam.
O segundo ponto, é que ao contrário dos boatos Claude Loche nunca foi preso ou sequer intimado pelas autoridades. Mas, esses eram fatores menores em comparação as grandes revelações sobre o automóvel e sua velocidade.
Vale ressaltar que mesmo antes da web o filme colecionava uma legião de admiradores de apaixonados por carros. A baixa distribuição e dificuldade de fazer cópias já o tinham elevado a categoria de cult nos anos 1980/90.
Se alguns desses admiradores questionavam se o carro utilizado era mesmo uma Ferrari 275GTB, suas suspeitas foram confirmadas. Segundo entrevista do próprio Louche em 2006, o carro utilizado para gravação foi um Mercedes-Benz 450SEL 6.9. E mais: ele próprio havia sido o motorista.
Com isso, caia por terra também o mito da velocidade atingida.
O modelo da marca alemã possui cambio automático com velocidade máxima de 230 Km/h, muito abaixo dos supostos 300 Km/h. E mais: segundo cálculos de alguns especialistas independentes, no filme o veículo utilizado nunca passou dos 140 KM/h.
O próprio Claude Loche admitiria posteriormente que a velocidade máxima durante o trajeto foi de 200 KM/h.
Você deve estar se perguntando: “mas, como foi possível confundir tantas pessoas por tanto tempo?”. Como dissemos acima o audiovisual é capaz de transformar completamente uma realidade.
A grande sacada do diretor nesse caso foi utilizar o overdub de uma 275GTB, como se ela estivesse realizando o trajeto. O áudio com a perspectiva da câmara reforça a sensação de que se trata de uma Ferrari em alta velocidade. Nenhuma dessas polêmicas desabona o clássico filme, muito pelo contrário, o tornam ainda mais genial! Afinal, foram anos até que o truque do diretor fosse descoberto.
Além disso, a beleza das ruas de Paris meio vazias as 5:30 mostradas pela perspectiva de um carro é inigualável. Não há dúvidas que o “C’était un Rendez-vouz” é um dos melhores filmes de automóveis já realizados em todos os tempos.
Se você ama carros e é apaixonado pelo ronco do motor Ferrari, vale a pena perder 10 minutinhos para conferir. Abaixo você pode assistir um 275GTB original!
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Olá Boa tarde!
Sempre vejo as publicações no Instagram, muitos carros novos vocês da empresa Paito Motors sempre com credibilidade e confiança em tudo que faz ….
Ronim tb é um filme super bacana de carros,nos anos 90.