Para quem gosta de conhecer as inovações do automobilismo, o desenvolvimento de carros autônomos é um dos assuntos do momento. Projetados com base na Inteligência Artificial (IA), esses veículos são uma tendência quando pensamos no carro do futuro, que conduzirá sozinho os passageiros dentro de alguns anos.
As principais montadoras do mundo e as grandes empresas de tecnologia, como a Google e Apple, apostam nos modelos autônomos como uma solução viável para uma série de problemas relacionados à mobilidade das grandes cidades, como as taxas alarmantes de acidentes de trânsito e os congestionamentos.
Fonte reprodução do site CIO Carros autonomos
Mas você sabe qual é a relação dos carros autônomos com essas questões? Neste post, vamos esclarecer tudo que precisa saber sobre os modelos autônomos: como funcionam, os diferenciais para modelos convencionais e os principais modelos no Brasil e no mundo. Ficou com curiosidade? Acompanhe e se prepare para o futuro!
O que são os carros autônomos?
Costuma-se dizer que os carros autônomos são os modelos autoconduzidos, ou seja, carros que conseguem rodar e adotar suas funcionalidades sem qualquer interferência humana. Contudo, uma maneira ainda mais interessante de entender os carros autônomos é percebendo os diferentes graus de autonomia que um carro pode ter.
As montadoras já aplicam gradualmente tecnologias que colaboram para a autonomia dos veículos atuais. Alguns exemplos são os alertas de proximidade com outros automóveis, administração automática de frenagem, sistemas de detecção de obstáculos nas vias e o monitoramento das condições do próprio carro.
Fonte reprodução do Quatro Rodas
A tendência é que essas tecnologias cheguem ao ponto de tornar a função do motorista desnecessária, transformando-o em mais um dos passageiros a bordo. Ou seja, enquanto o automóvel anda sozinho, comunicando-se com outros carros e reconhecendo os diferentes obstáculos das vias, você pode acessar as redes sociais ou talvez ler um livro.
Quais são os níveis de autonomia dos carros?
A Sociedade dos Engenheiros Automobilísticos (SEA) criou uma classificação para diferenciar os graus de autonomia dos veículos. São 5 níveis, sendo o nível 5 a categoria com carros totalmente autônomos.
A classificação pode ser usada tanto pelos profissionais da indústria quanto pelos consumidores para reconhecer os diferentes modelos. Confira os níveis a seguir.
Nível 0: sem autonomia
Nessa categoria, são englobados carros sem nenhuma autonomia, que dependem do ser humano para realizar suas funcionalidades mais simples, desde aceleração e direção até controle dos vidros, reações a situações de risco etc.
Nível 1: assistência ao condutor
Na categoria com modelos com algum grau de autonomia, os carros conseguem ajudar os motoristas em funções básicas, como ajustes na direção, na aceleração e nos freios. O piloto automático é uma tecnologia que se encaixa nesse nível.
Nível 2: autonomia parcial
Estão nessa categoria carros já populares no mercado automotivo, que conseguem realizar funções mais avançadas sem interferência direta dos motoristas. A frenagem de emergência é um exemplo.
Nível 3: autonomia condicional
Aqui estão carros com um grau de autonomia já avançado, que são capazes de controlar o veículo completamente, além de obter um monitoramento 360° do ambiente ao seu redor. Contudo, o motorista ainda precisa ter algum controle sobre a velocidade e questões externas ao veículo.
Nível 4: autonomia alta
Os protótipos com nível 4 de autonomia oferecem controle total da condução, com limitações relacionadas a situações de extremo perigo.
Nível 5: autonomia completa
O último nível é composto pelos carros totalmente autônomos, nos quais a interferência dos motoristas não é considerada para o pleno funcionamento. São veículos que dispensam, por exemplo, componentes como volantes e pedais.
Quais são os diferenciais dos autônomos para outros modelos?
Os projetos de carros autônomos visam chegar ao alto nível de seguro e comprovado de total autonomia. Para esse cenário, diversas tecnologias estão sendo desenvolvidas e algumas delas já podem ser aproveitadas nos modelos atuais. A seguir, confira quais são os diferenciais dos modelos autônomos.
Fonte reprodução do site LogWeb
Sensores externos
Os sensores externos são componentes com a função de detectar as características ambientais ao redor do carro e passar esses dados para o computador de bordo. A câmera estereoscópica e a câmera infravermelho são alguns exemplos de sensores presentes em carros autônomos.
A câmera estereoscópica, ou câmera estéreo, possui duas ou mais lentes para criar quadros de diferentes perspectivas. Esse detalhe garante uma visão tridimensional para detectar os dados do ambiente externo.
Fonte reprodução do site Brasil 123
Já a câmera infravermelho serve para captar dados em ambientes com pouca ou nenhuma luminosidade. Essa câmera identifica os objetos a partir da variação de temperatura, captando a radiação infravermelha, que é invisível a olho nu. Outros exemplos de sensores em carros autônomos são o radar, sonar e LIDAR.
Inteligência artificial
A IA é definida como o conjunto de máquinas capazes de realizar tarefas sem interferência humana, grupo de soluções tecnológicas do qual os carros totalmente autônomos fazem parte. Da mesma forma que todos os sistemas de inteligência artificial, os modelos autônomos aprendem com falhas para otimizar continuamente sua performance.
Componentes adicionais para autonomia
Outros diferenciais importantes para os carros com alto nível de autonomia são componentes como o Controle Eletrônico de Estabilidade (ESP), iBooster (freio eletromecânico a vácuo, capaz de gerar pressão controlada nos freios em menos de 120 milissegundos), GPS, velocímetro e hodômetro.
Fonte reprodução do site Unidas Seminovos
Já existem carros autônomos vendidos no Brasil?
Se você sonha em ver os carros de luxo totalmente autônomos desfilando pelos salões do automóvel, ainda precisará esperar alguns anos. Quase todas as grandes fabricantes do setor automotivo ainda estão trabalhando para desenvolver carros autoconduzidos, como Ford, Audi e Tesla.
Contudo, o que temos até agora no Brasil e em outros países são protótipos em fase de teste, como o e.coTech4, o primeiro autônomo brasileiro, criado em uma startup formada por universitários do Espírito Santo.
Fonte reprodução do site Veiculo Eletrico
O projeto de carros autônomos está atrelado a outras inovações que ainda são promessas para o futuro, como as cidades conectadas e inteligentes, além do domínio da internet das coisas (lot). Embora esse tipo de carro ainda demore a ser funcional em solo brasileiro, muitos avanços vêm acontecendo e ainda estão para acontecer, gerando novas expectativas para quem gosta de tecnologia e automobilismo.
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