A Maserati é uma das principais marcas de supercarros da Itália e possui uma rica história marcada por paixões e tragédias familiares.
Rodolfo Maserati era um amante e entusiasta da velocidade e das novas tecnologias que surgiam no século XIX.
Esse gosto foi passado para seus filhos, sendo que o primogênito, Carlo, logo entrou para indústria automotiva como piloto e engenheiro.
Carlo ajudou seus irmãos a entrar para o ramo e pouco tempo após abrir seu próprio negócio, faleceu devido a uma doença pulmonar.
Coube então Alfieri Maserati, junto ao seu irmão Ettore, iniciar a trajetória da empresa familiar.
Quis o destino que apenas cinco meses após a abertura de suas oficinas, começasse a primeira guerra mundial.
Alfieri e Ettore ficaram longe do campo de batalha, mas tiveram de dedicar seus esforços apenas em um novo sistema de ignição que haviam desenvolvido.
O sistema era utilizado nos aviões da força aérea italiana.
O primeiro veículo Maserati viria a surgir apenas na década seguinte, e, junto com ele a participação em provas com Alfieri no cockpit.
Um grave acidente nas pistas em 1927, porém, comprometeu com gravidade seu rim, levando-o a falecer em 1932.
Foi nesse ponto que deixamos os irmãos em nosso último post.
Maserati: superação e sucesso nas pistas
Mais uma vez os irmãos Maserati se viam em meio a uma tragédia familiar.
Ettore, Ernesto e Bindo, que trabalhavam com Alfieri, decidiram, entretanto continuar com o negócio em família.
Para isso, Bindo deixou a Isota Francishini, onde trabalhava e foi colocado como presidente da empresa.
Ernesto, embora jovem, era extremamente talentoso, e, por isso, se tornou responsável pal parte técnica.
Foi dele o novo Tipo V5 que conquistou bons resultados na pista.
Aos irmãos se somou ainda o piloto Tazio Nuvolari, uma lenda da época.
Tazio chegou a Maserati após se desentender com Enzo Ferrari, que se recusara a aceitá-lo como sócio com partes iguais.
Com Tazio a Maserati conquistou importantes vitórias naquele ano.
A parceria, contudo, durou apenas até o ano seguinte. Tazio resolveu correr como piloto privado, embora a assistência técnica de seus carros fosse feita por Ernesto.
Mesmo com nome consolidado no automobilismo europeu, a Maserati enfrentava dificuldades financeiras.
Especialmente após a forte entrada das empresas alemãs que contavam com amplo apoio do regime de Hitler.
Assim, os irmãos se viram obrigados a tomar uma decisão difícil, porém necessária: a venda da empresa para Adolfo Orsi em 1937.
Adolfo era um empresário italiano bem sucedido e conhecido e sobre sua condução a Maserati atingiu seu auge nas corridas.
Vale ressaltar que Ettore, Ernesto e Bindo continuaram a ter posições de destaque dentro da empresa.
Logo em 1939 a companhia se tornou a primeira fabricante italiana a ganhar uma prova em território norte-americano. E logo a mítica Indianápolis!
O feito se repetiria no ano seguinte.
Com a chegada da Segunda Guerra a empresa mais uma vez se viu obrigada a voltar seu foco para a produção de velas de ignição.
Em paralelo, entretanto, produziria veículos elétricos, entre 1940 e 1945.
Terminado o conflito foi impressionante a capacidade da empresa de se recuperar, mesmo estando em um país do lado derrotado.
Já em 1946, lançou seu primeiro veículo voltado para as ruas. Um Gran Turismo que recebeu o nome de A6 e apresentado no Salão de Genebra.
O A6 – o A vem de Alfieri e o 6 indica o número de cilindradas – foi um sucesso entre o público.
Apenas 2 anos depois, no Salão de Turim, o mundo conhecia o A6 1500, que teve design elaborado por Pininfarina.
Tudo parecia se encaixar para os italianos. E o melhor ainda estaria por vir com o início da Fórmula 1 em 1950.
Em nosso próximo artigo te contamos a última parte dessa história. Do sucesso nas pistas a consolidação como marca de supercarros.
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Até a próxima!