A Fórmula 1 completa 70 anos de história em 2020 e, hoje, é a categoria do automobilismo que mais encanta gerações em todo o mundo. Desde 1954, quando aconteceu o primeiro GP, disputado em Silverstone, na Itália, os carros da Fórmula 1 já eram uma das principais atrações, atraindo olhares e comentários da torcida, das equipes e dos comentaristas.
São anos recheados de momentos emblemáticos, como o famoso incêndio de Verstappen na Alemanha, em 1994, grandes heróis, como o nosso gigante Ayrton Senna, grandes equipes, como a Scuderia Ferrari, mas também de grande desenvolvimento tecnológico.
Engenhosas inovações percorreram as pistas da Fórmula 1 e redefiniram o automobilismo mundial. A seguir, vamos mostrar os carros que, ao longo de 70 anos de tradição, se tornaram ícones da Fórmula 1. Confira!
1. Maserati 250F (1954/1960)
Em plena década de 50, a equipe de engenheiros da equipe Maserati estava dividida entre duas possibilidades de motor para o novo GP de 1954. As opções eram o sobrealimentado de 750cm³ ou o aspirado de 2,5 litros. A equipe foi para a pista com o aspirado e venceu a primeira rodada do GP.
O Maserati 250F trazia algumas inovações para a época. A letra “F” se refere a um Fórmula (monoposto com rodas abertas). O novo modelo tinha tubos De Dion na suspensão traseira, câmbio montado em posição transversal e quatro marchas (o modelo ganhou cinco marchas a partir do ano de 1955).
2. Lotus 72E (1973)
O 72E da Lotus é uma evolução do modelo 72D, que estreou no GP de 1972 com o brasileiro Emerson Fittipaldi. O novo modelo só chegou às pistas na terceira rodada do GP de 1973, com várias inovações. Os pneus Firestone foram substituídos pelos Goodyear, as entradas de ar foram integradas ao chassi e a carroceria se tornou mais larga.
A Lotus também redesenhou as asas dianteiras para o modelo 72E. O brasileiro começou o GP de 1973 da melhor maneira possível, com 4 vitórias nas primeiras 4 rodadas, embora tenha ficado com o segundo lugar. A Lotus manteve o carro 72 por mais dois campeonatos, até 1975, com as suas variantes 72E e 72F.
3. McLaren MP4/1 (1981/1982/1983)
O modelo MP4/1 da McLaren foi usado em três temporadas, 1981, 82 e 83, em suas respectivas versões: MP4/1, MP4/1B e MP4/1C. Até 1983, O MP4/1 funcionou com o Ford Cosworth DFV motor V8 (3,0 litros), mas no fim do ano a McLaren mudou para o turbo, usando um TAG motor V6 (1,5 litros).
Foi o primeiro carro da Fórmula 1 a utilizar fibra de carbono no design do chassi, característica que passou a ser regra na categoria. Isso deixou o modelo mais leve e rígido em comparação aos modelos anteriores.
4. Williams FW14B (1991/92)
O FW14B foi o modelo da equipe Williams para o GP de 1991. A versão B surgiu no ano seguinte, 1992, para a nova temporada. Foi o primeiro carro da equipe a ser totalmente equipado com suspensão ativa e levou o apelido de “carro de outro planeta”, devido à sua superioridade evidente nas pistas.
O novo modelo é uma evolução do FW14, com suspensão ativa e controle de tração, dispositivos eletrônicos que aumentaram a eficiência aerodinâmica do carro e reduziram a possibilidade de erro do piloto.
5. Benetton B195 (1995)
O B195 foi o modelo desenvolvido pela Benetton para o GP de 1995. Nesse ano, a Benetton acerta com a fornecedora Renault e mantém a dupla Hebert e Schumacher. O motor Renault RS7 V10 aspirado leva o piloto Michael Schumacher ao bicampeonato. No ano seguinte, 1996, Schumacher vai para a Ferrari e a Benetton mantém Gerhard Berger e Jean Alesi nos cockpits até 1997. Nesse ano, a Benetton conquista sua última vitória no GP da Alemanha. No ano 2000, é anunciada a compra da equipe pela Renault.
6. McLaren MP4/13 (1998)
Para muitos, o MP4/13 da McLaren, que estreou em 1998, é o principal modelo que passou pela categoria. Ele continua como aquele com maior aproveitamento de vitórias da categoria: 93,8%. A primeira vitória do MP4/13 aconteceu no GP do Brasil em 1988, disputado em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Na época, os novos regulamentos exigiam que os pés dos pilotos fossem para trás do eixo dianteiro, o que forçou uma diminuição do tamanho do tanque de combustível. Contudo, além disso, o MP4/13 se afastou do monocoque em “V” e apostou no piso plano, o que trouxe benefícios aerodinâmicos e aumentou a rigidez do carro. A peça de encaixe conhecida como “bandeira” compôs a região do cockpit e dos painéis laterais.
7. Ferrari F2002 (2002)
O modelo F2002 da Ferrari estreou no GP 2002 e ficou até a quarta rodada da temporada de 2003. No GP, Michael Schumacher levou o 5° título mundial depois de uma série de vitórias consecutivas: Austrália, Malásia, Brasil e San Marino. Assim, ele se igualou a Fangio, o primeiro pentacampeão mundial da Fórmula 1.
A grande aposta do modelo veio com uma caixa de câmbio “miniaturizada” construída em titânio, capaz de diminuir o centro de gravidade, afinar a parte traseira e reduzir o seu peso em relação ao modelo anterior.
Os gases quentes passaram a atuar no conjunto aerodinâmico, não atingindo a suspensão traseira. Além disso, o novo motor de dez cilindros em V a 90 graus chegava a incríveis 900 cavalos. Se havia dúvidas sobre o fato de a Ferrari ser uma das melhores equipes da Fórmula 1, o F2002 veio para desmentir qualquer hipótese.
8. RBR 7 (2011)
A equipe Red Bull Racing lançou o seu modelo RBR 7 para o GP de 2011, prometendo algumas inovações em comparação ao modelo anterior, o RB6. O novo modelo, sob a direção de Sebastian Vettel, conquistou a vitória no GP.
A inovação principal veio com o uso dos gases no escapamento do carro para ganhar força aerodinâmica. Um novo elemento vertical separou os elementos aerodinâmicos da traseira da carenagem do motor e a traseira mais compacta reduziu o peso na caixa de câmbio. Outra característica interessante do RB7 7 é o formato “V” do bico dianteiro muito mais acentuado.
Há muito tempo que o Brasil deixou de ser uma potência na Fórmula 1. Desde quando Senna ganhou o seu último GP, em 1993, os olhares para o Brasil se tornaram mais escassos, embora ainda tenhamos criado grandes heróis, como Rubens Barrichello e Felipe Massa. Apesar disso, a categoria segue criando muitos fãs em nosso país.
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Pra mim falta a lotus climax do jim clark
Olá Ramon! Com certeza, um clássico maravilhoso! Obrigado por nos acompanhar!
Legal! Mas acho que a lista ficaria mais completa com 3 joias que não poderiam ter ficado de fora.
Brabham BT 52 do Nelsão.
Ferrari 641 do Prost
McLaren MP4/27 do Hamilton
Abraços.
Com certeza Artur! Três máquinas que complementam bem a nossa lista! Obrigado por nos acompanhar!!
Faltou o carro que mais venceu provas em uma temporada, ou melhor, considerado por muitos como melhor carro que a fórmula 1 teve em uma temporada, foi o modelo MP 4/4 de 1988, este carro ganhou nas mãos do Prost e Senna 15 das 16 provas da temporada e também fez 15 poles. Não poderia faltar esse carro, coloquem ele por favor, como fã de fórmula 1 e ter um ídolo como o Senna, quando fui ler meu objetivo seria logo achar a McLaren de 1988.