Na história do automobilismo foram diversos os pilotos que se destacaram e impressionaram o mundo por sua técnica e habilidade.
No Brasil, pilotos como Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna ganharam status de heróis nacionais.
Especialmente Ayrton, dono de três títulos mundiais, que muitos consideram ser o melhor piloto da história.
Há, porém, quem conteste esse título, e o dê a um argentino que brilhou nas pistas de corridas de 1950 a 1958: Juan Manuel Fangio.
Juan Manuel Fangio:
Filho de imigrantes de italianos, Fangio nasceu em 1911, na pequena cidade de Balcarce, localizada na região sul da província de Buenos Aires.
Aos 9 anos de idade foi levado por seu pai para trabalhar como ajudante em uma forjaria.
Ali, começaria a ter contato com os conhecimentos que o tornariam um excelente mecânico antes de ser um lendário piloto.
Aos 11 anos de idade, Fangio ligou um carro sozinho pela primeira vez. O momento foi tão marcante em sua vida que chega a ser mencionado em sua biografia.
Segundo o próprio a ideia de ter duas toneladas de metal a seu controle ao pisar no acelerador gerou a vontade de sair dando uma volta.
O fato não ocorreu, mas aumentou ainda mais o interesse que o então jovem argentino tinha nos automóveis.
A paixão pelos motores era tanta que aos 13 largou a escola e começou a trabalhar como assistente de mecânico na concessionaria Studebaker de Miguel Viggiano.
Ali ele teria contato com os carros e mundo das corridas que tanto o fascinava.
Como Viggiano, Fangio aprendeu a deixar carros mais rápidos e a dirigir, ganhando deste sua primeira moto, uma indian.
Embora tenha sempre se ligado ao esporte, como o futebol e boxe, na adolescência teve de lidar com problemas de saúde.
Enfrentou uma forte pneumonia que quase o matou, o deixando de cama sob cuidado por cerca de dois meses.
Ao atingir os 21 anos serviu o exercito compulsoriamente, onde assumiria a posição de motorista do comandante em chefe.
Com o término do serviço militar, abriu sua própria garagem e começou sua carreira de piloto disputando corridas locais.
A estreia ocorreu em 1934, aos 23 anos, dirigindo um Ford Model A de 1929, modificado e reconstruído pelo próprio Fangio.
Vale ressaltar que o automobilismo na América do Sul se diferenciava grandiosamente daquele praticado na Europa.
Nesse lado do mundo eram comum as provas de longa distancia disputadas em vias nem sempre próprias para prática do esporte.
Nessa fase, Fangio costumava correr com veículos Chevrolet e se sagrou bicampeão argentino, em 1940 e 1941.
Vale destacar a vitória em 1940 de uma prova de 10.000km, com um percurso que iniciava em Buenos Aires e terminava em Andes, no Peru.
Juan Manuel Fangio também mostrava diversidade e capacidade de adaptação, ganhando provas, também em circuitos fechados.
Como em 1941, no Brasil, no Grand Prix Getúlio Vargas, quando bateu Oscar Galvéz, outro importante piloto argentino.
Com o avanço da Segunda Guerra Mundial, o automobilismo, no mundo todo, foi forçado a uma parada das atividades.
Essa pausa precedeu a criação daquela que seria a mais popular categoria do esporte e que consagraria Juan Manuel Fangio.
No próximo artigo continuaremos a contar a impressionante trajetória do piloto que brilhou no início e fase mais perigosa da Fórmula 1.
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Até a próxima!